Todos
que me conhecem sabem que não misturo minhas posições e opiniões
com as de minha empresa. Na Veraz, temos clientes dos mais diversos
partidos, e atendemos todos com o mesmo entusiasmo e comprometimento.
Também nossos colaboradores têm posições políticas as mais
diversas. O que nos une é o trabalho e a prestação de serviços
qualificados, e não uma ideologia.
Nos
momentos eleitorais, internamente, na Veraz, temos um lema a ser
seguido: Nosso partido é o nosso cliente. Não importa se o cliente
é do partido A, B ou C. Importa que façamos a sua comunicação
funcionar. E funcionar bem.
No
atual momento, os embates políticos estão se elevando além do
limite razoável. E são muitos os empresários que estão cometendo
um erro básico de marketing. Qual o erro? Envolver as suas empresas e suas marcas
diretamente nas campanhas. Isso não se faz. Ou pelo menos não se
faz do modo que estes empresários estão fazendo.
É
correta a percepção de que o consumidor exige engajamento social
das marcas. A defesa do meio ambiente, o combate ao trabalho infantil
etc são causas que reforçam as marcas junto aos seus públicos. Mas
apoiar um candidato nunca fará parte do marketing societal de uma
empresa. É opção individual, política. Nada contra que o empresário se posicione em sua página diante de seus amigos, desde que não envolva sua empresa.
O que os empresários que vem fazendo isso parecem não se dar conta é que os tempos mudam
e a natureza dos negócios é muito diferente da política.
Circunstancialmente, a empresa pode até ver-se beneficiada. Afinal,
acaba recebendo muita propaganda gratuita ao ter seu nome citado. Mas no longo prazo, essa mistura de
posição política pessoal com posição empresarial não é boa. A
marca sai da esfera mercadológica e passa a integrar o mundo da
política. E no Brasil atual não existe coisa pior do que isto quando se trata de fazer negócios.