Não se
sabe ao certo quantos assinantes o Netflix tem no Brasil. Alguns
estimam que o número está entre 2,5 milhões, mas executivos de
canais pagos podem jurar que o serviço alcança mais de 4 milhões
de pessoas. Ao redor do mundo, são mais de 65 milhões de
internautas que se confundem com telespectadores, ansiosos pela
próxima maratona da sua série preferida.
Mas um
número tem chamado a atenção de muita gente: só no Brasil, o
sistema promete faturar mais de R$ 500 milhões até o fim de 2015. O
valor, de acordo com o UOL, é maior que de grandes emissoras de
televisão, como a Band e a RedeTV. Os mesmos executivos que projetam
o serviço de forma gigantesca afirmam que o Netflix pode faturar
cerca de R$ 1 bilhão, próximo do que o SBT, a segunda maior
emissora aberta do Brasil, leva para a casa todo ano.
Com o
rápido crescimento do Netflix – o serviço de streaming existe há
apenas quatro anos no Brasil –, surge a inevitável discussão de
regulamentação. Desde o começo de 2015, a Ancine (Agência
Nacional do Cinema) quer estabelecer uma cota de séries e filmes
produzidos no país. A negociação, entretanto, ainda não avançou.
Enquanto isso, a empresa confirmou a estreia de 3%, uma série
original totalmente brasileira, e que já está gerando grande
expectativa nos fãs de seriados.
A falta
de regulamentação específica gera reclamações entre as
operadoras de televisão paga – se o Netflix fosse uma operadora,
perderia, em questões de lucro, apenas para a NET e Sky. O serviço
de streaming leva vantagem por não pagar ICMS, com valor estimado
entre R$ 50 a 100 milhões, que não é pago pelo Netflix. A empresa
também é isenta da taxa Condecine (Contribuição para o
Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), estimada em
R$ 9 milhões.